URBAN SPRAWL: IMPACTOS AMBIENTAIS E INFLUÊNCIAS NEGATIVAS NA MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE URBANA E NO DIREITO DE IR E VIR

Autores

  • Edson Leite Ribeiro Secretaria Nacional de Habitação - Ministério das Cidades, Brasília
  • José Augusto Ribeiro da Silveira Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.15332/rev.m.v13i0.1993

Palavras-chave:

Urban sprawl, dispesão urbana, mobilidade urbana, acessibilidade urbana

Resumo

O presente artigo busca situar estudos acerca da dispersão e fragmentação urbana – urban sprawl – e seus impactos e desmembramentos nas cidades contemporâneas. Para tanto percorre a literatura e exemplos urbanos em várias regiões do ocidente urbano. Em síntese, a expansão urbana exagerada promove uma dependência igualmente exacerbada do uso do automóvel, uma vez que inviabiliza as formas de mobilidade e deslocamentos não motorizados. Ainda que se possam redimensionar as vias para veículos, seu esgotamento se faz rapidamente, de forma cíclica, dentro de um círculo vicioso: aumento da distância e dispersão, aumento da dependência do automóvel, aumento do congestionamento, aumento das vias, incentivo ao distanciamento e ao uso do automóvel, e assim sucessivamente. A forte influência de algumas políticas governamentais para a dispersão urbana, notadamente na América Latina e Brasil, é prejudicial inclusive ao poder público, uma vez que a necessidade e a dimensão da rede de infraestruturas, equipamentos e serviços urbanos são estendidas espacialmente, majorando manutenções e implementação de mais infraestruturas e serviços em ocupações dispersas, de baixa densidade e onerosas. Além do encarecimento da oferta de serviços, estes geralmente ficam prejudicados, em função da dificuldade da acessibilidade física, provocada pelas maiores distâncias projetadas. Na prática, as soluções são de baixa eficiência e funcionalidade urbana: menos oferta com dispêndio de mais recursos. Ao final, o artigo aponta para a possível tendência de ressurgimento e readensamento do centro urbano (verificado recentemente em algumas cidades importantes do Brasil), como um movimento oposto à dispersão e à fragmentação do espaço urbano e ao retorno da cidade, ao direito do encontro e ao direito de ir e vir e acessar ao que a cidade oferece.

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Biografias Autor

Edson Leite Ribeiro, Secretaria Nacional de Habitação - Ministério das Cidades, Brasília

Pós-doutorado no Institut National des Sciences Appliquées - INSA- Lyon em 2008, doutorado em Engenharia Civil pela USP (1991), mestrado em Desenvolvimento Urbano pela UFPE (1988), e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Guarulhos (1978). Analista de Infra-estrutura (Desenvolvimento Urbano) do Ministério do Planejamento, Brasília-DF.

José Augusto Ribeiro da Silveira, Universidade Federal da Paraíba

Doutorado em Desenvolvimento Urbano pela CAC-UFPE, mestrado em Desenvolvimento Urbano pela CAC-UFPE (MDU, 1997) e (MDU, 2004), graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFPB (CT, 1982). Professor da Graduação e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU), e da Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGECAM), da Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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Como Citar

Ribeiro, E. L., & Ribeiro da Silveira, J. A. (2018). URBAN SPRAWL: IMPACTOS AMBIENTAIS E INFLUÊNCIAS NEGATIVAS NA MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE URBANA E NO DIREITO DE IR E VIR. Revista M, 13, 6–23. https://doi.org/10.15332/rev.m.v13i0.1993

Edição

Secção

Artículos